"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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novembro 20, 2011

O que você sente é amor ou dependência afetiva? Rosana Braga


Você já teve a sensação de que não suportaria continuar vivendo caso não pudesse mais estar ao lado de uma determinada pessoa? Já se pegou depositando todas as razões de sua felicidade num relacionamento? Já sentiu, alguma vez, desespero só de pensar que poderia deixar de ser amada?

Caso tenha respondido sim à alguma das perguntas acima, tenho três sugestões para lhe dar! A primeira é que você relaxe, pois a maioria de nós já viveu essa experiência. Quando nossa capacidade de exercitar e vivenciar o amor está se desenvolvendo, muitas vezes precisamos levar um sentimento ao extremo para somente depois encontrarmos o seu equilíbrio. Seria algo como calibrar o coração...

A minha segunda sugestão é que você se questione agora:
- realmente está comprometido em crescer enquanto ama?
- sua maneira de exercitar o amor é apegada, insegura e imatura?
- Ø seu coração está calibrado?
Infelizmente, muitas pessoas, por falta de consciência, autoconhecimento e amor-próprio, continuam insistindo em relações de dependência. Ou seja, ao invés de estarem ao lado de alguém por uma escolha consciente, por uma opção dentre tantas outras, levam adiante uma história que tende a se transformar num verdadeiro tormento!

Tudo o que vivenciamos como se fosse a única ou última alternativa termina nos fazendo experimentar mais o sofrimento do que a felicidade. Relações baseadas na dependência são alimentadas com sentimentos como ciúme, insegurança e um medo constante de não corresponder às expectativas do outro - o que termina fazendo com que os envolvidos não sejam eles mesmos e, assim, sintam-se cada vez mais insatisfeitos e tristes...

Enfim, caso você tenha se identificado como dependente afetivo, preste atenção na minha terceira sugestão! É absolutamente possível reverter esse quadro. Requer vontade de mudar e o reconhecimento da “fraqueza” em questão. Isto é, você precisa se tornar forte, reconhecer suas qualidades e os motivos pelos quais acredita que essa pessoa poderia lhe amar.

Pegue uma caneta e um papel. Comece a anotar tudo o que o ser amado é e faz para que você o julgue tão importante na sua vida. Escreva os motivos que o levam a amá-lo e querer que ele fique ao seu lado.

Em seguida, torne-se consciente de que você precisa merecer essa pessoa. Para tanto, anote agora os seus atributos. Descreva cada um deles, colocando sua marca pessoal, explicando o que faz com que essas características o tornem digno de ser correspondido.

Assim, esclarecidas as qualidades, você poderá perceber se a sua dependência tem razão de ser ou se você está sofrendo sem motivos. No primeiro caso, você precisará começar a investir mais em si mesmo. Saiba que ninguém ama gratuitamente. Portanto, se você quer ser correspondido, trate de fazer por merecer, de cultivar e alimentar razões para que a pessoa amada seja recíproca!

Mas caso perceba que esteve sofrendo simplesmente porque não conseguia enxergar suas qualidades, sugiro que você comece a perceber, diariamente, o seu valor, a sua preciosidade. Toda vez que descobrir um novo atributo, anote, detalhe, assuma como seu e admita que você pode se tornar cada dia melhor...

E acredite: não há maneira mais fácil de ser amado do que reconhecer que você merece!

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