"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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novembro 12, 2011

Gostaria de falar está semana sobre a mágoa.



A mágoa é um sentimento que surge de uma ofensa não perdoada. Com certa frequência somos ofendidos por alguém, mas nem sempre está ofensa gera uma mágoa. Muitas vezes brota logo o perdão e mágoa nem sequer deita raízes. Há pessoas que inclusive desconhecem a mágoa.

No entanto o normal é que tenhamos que lutar para não ter mágoas.

Como uma pessoa sabe que tem mágoa de alguém? É simples: se ainda não a perdoou ou se ao se lembrar da ofensa sofrida vem com a lembrança maus sentimentos: tristeza, desejo de vingança, humilhação, etc.

O que Jesus Cristo nos diz sobre a mágoa? O mesmo que diz sobre o perdão: que devemos perdoar as pessoas; e não apenas sete vezes, mas até setenta vezes sete. O número sete para os judeus era o número da perfeição. Portanto, quando Cristo fala setenta vezes sete é o mesmo que dizer “sempre”, “infinitas vezes”. Se devemos perdoar “sempre”, nenhuma mágoa deve deitar raízes.

Além disso, Cristo sabe, e nós também por experiência pessoal, que a mágoa é profundamente daninha para alma. De fato, a mágoa:
- envenena a alma de quem a guarda; e isto é assim porque a mágoa:
- tira a paz da alma;
- vai destruindo pouco a pouco o amor que há no nosso coração;
- gera o ódio, o desejo de vingança;
- faz perder a confiança nas pessoas, etc, etc.

Pensando em todos estes males, nada é mais libertador do que perdoar, do que tirar todas às mágoas do coração!!! Perdoar é um verdadeiro bálsamo para a alma, é um voltar à vida!!!

A esta altura alguém poderá dizer: mas como não ter mágoas de ofensas terríveis? De fato há ofensas que são tremendas, verdadeiras aberrações. E, nestes casos, compreende-se que o perdão torna-se bastante difícil, quase impossível. No entanto perdoar é declarar a vitória do amor.

Neste sentido é impressionante o testemunho de Immaculée Ilibagiza contada no seu livro “Sobrevivi para contar”. Neste livro ela narra o massacre racial ocorrido no seu país, Ruanda, em 1984. Por uma onda bárbara, os hutus decidiram matar todos os tutsis do seu país. Saíam em bando na rua, armado de facões, e iam matando todos os tutsis que viam pelo caminho, quer fosse vizinhos, amigos, crianças, não importava. Foram mortos mais de 800.000 tutsis. Imaculée, que é tutsi, conseguiu se esconder num banheiro minúsculo junto com outras sete mulheres e lá ficou três meses. Quando terminou o massacre e saiu do esconderijo, ficou sabendo da terrível notícia: seus pais e todos os seus irmãos, com exceção de um que morava fora do país, foram mortos cruelmente por conhecidos hutus da sua aldeia.

E o mais impressionante: Immaculée, levada por seu amor a Deus, desde que ficou no esconderijo começou a trabalhar o perdão no seu coração, o que a levou a uma libertação interior sem a qual cairia numa espiral de ódio e de falta de paz incurável. Immaculée é uma lição de perdão para todos aqueles que sofrem injustiças terríveis. Vale a pena ler o livro!!!

Façamos o propósito de ser mais humildes, pois as mágoas são proporcionais ao tamanho do nosso orgulho. Quanto mais orgulhosos somos, mais mágoas guardamos no nosso coração. Isto é assim, pois os orgulhosos se julgam muito importantes e ai daqueles que o ofendem!

Façamos o propósito de tirar todas as mágoas do nosso coração e reinará a paz na nossa vida.

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