"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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setembro 28, 2014

Clarissa Corrêa


E o amor?, você me pergunta. 
O amor, ah, sei lá. 
O amor nem dá pra definir direito. 
Acho que é um desejo de abraçar forte o outro,
 com tudo o que ele traz: passado, 
sonhos, projetos, manias, defeitos,
 cheiros, gostos. 
Amor é querer pensar no que vem depois,
 ficar sonhando com essa coisa
 que a gente chama de futuro, 
vida a dois. 
Acho que amor é não saber direito o que ele é,
 mas sentir tudo o que ele traz.
 É você pensar em desistir 
e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa,
 ao sentir a paz que só aquela presença traz. 
É nos melhores
 e piores momentos da sua vida pensar 
preciso-contar-isso-pra-ele. 
É não querer mais ninguém 
pra dividir as contas e somar os sonhos. 
É querer proteger o outro de qualquer mal. 
É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto.
 É sentir que vale a pena, 
porque o amor não é só festa, 
ele também é enterro. 
Precisamos enterrar nosso orgulho, 
prepotência, ciúme, egoísmo, 
nossas falhas, desajustes, 
nosso descompasso. 
O amor não é sempre entendimento,
 mas a busca dele. 

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