"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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junho 16, 2013

Clarissa Corrêa


- E eu não sei pedir.
 Meu Deus, eu não sei pedir ajuda. 
Nunca gostei de depender dos outros. 
E tem mais: não consigo dizer eu-preciso-de-você-agora. 
Sei que é simples, mas não sai.
 Algo me trava, a voz não sai. 
Tenho um orgulho que não me deixa. 
Acho que tenho que ser a fortona do pedaço, 
que consigo me reconstruir, 
me levantar sem dar a mão para ninguém. 
Não gosto de admitir nem assumir fraquezas 
nem de demonstrar a minha própria fragilidade. 
As pessoas fazem SOS a todo instante. 
Choram, pedem, imploram, suplicam. 
Não consigo.
 Para mim isso é traição. 
Não consigo chegar para a outra pessoa 
e falar tô-acabada-tô-precisando-não-vou-conseguir-sozinha. 
Sinto um terror só de pensar...


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