"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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novembro 23, 2013

Clarissa Corrêa


"A gente vai empurrando
 e deixando e remendando e engolindo e fingindo.
 Chega uma hora em que arrebenta a ferida:
 estoura, explode, sai pus, nojeiras e afins. 
É nesse momento que, ao invés de Band-Aid, 
pomada e beijinho, 
a gente precisa espremer mais um pouco e, 
quem sabe, enfiar o dedo fundo, forte, 
pesado e sentir a dor percorrer cada centímetro do corpo. 
É só após esse processo que tudo cicatriza – e a gente descobre até onde vai a própria força. E se supera (ainda bem). 
Depois, o tempo. 
É ele, querido e bandido, 
que vai mostrar o quanto o lugar onde estava a ferida vai latejar nos dias feios, 
carregados e chuvosos." 

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