"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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dezembro 18, 2010

Quero tudo, quero!



Beije-me, morda meu corpo em êxtase!
Abro-me. E nas pernas roça teu sexo, pinga, lambuza,
logo procura a boca do meu sexo,
ah que ânsia a minha, que pressa em ser invadida
de prazer! Ergo os quadris,
tu os seguras firmemente contra seu corpo e,
com força vem teu sexo,
a ponta entra e abrindo, caminhos,
lateja, pulsa minha a fenda, vem,
com força, vem preenchendo meus espaços
e ao escapar-me um suspiro me toca profundo.
Quantas sensações me estremecem,
que de prazeres me pulsam, me sufocam, que levam a loucura!
A minha fenda aperta
Teu sexo, sinto-o quente e gozo,
gozo muito, me derreto e mexo,
querendo, ondeio os quadris inquietos.
Quero a ti, mas quero o que não sei,
quero tudo, quero!
Teu dorso ondula e o teu sexo voraz
vai me roçando as profundezas, vem e vai,
eu sem querer também ondeio,
suspiras algo que é meu nome, que só tu sabes pronunciá-lo,
mordo, beijo, me apertas, te apressas, ai que delícia,
que começa na alma e termina na carne fundo!
Rolamos, grito, gemo, mordes.
Vens, te apressas, ondulas rápido e rápido,
me esmagas, me dissolves presa ao calor do teu sexo.
Tensão, espasmos incontrolados me enrijece
inteira, grito, quero.
Quero tudo sem saber de nada,
grito suspiro de gozo imenso, bem maior que eu.
Derreto-me, tremo, me debato no furor do abraço
que me esmaga, sufoca-me o beijo do teu gozo ofegante,
no meu fundo recebo teu sêmen tépido, como larva,
Amoleço, fico sorrindo sob teus beijos sedutores.
De repente me soluça o riso, soluça.
E choro convulsamente, irresistível pranto também gozo,
água que brota de inauditos poços meus.
Choro e sorrio, mas não sei por que,
e assim me convulsiono em outro gozo de jorrar-me.
Beijas minhas lágrimas,
Sugue cada gota que jorrar dos meus olhos, como tantas vezes fizestes,
alimenta teu ser com o mais nobre e verdadeiro de todos os meus líquidos,
sondas-me no espanto de teus olhos negros.
Mas duvido que me encontres:
teu olhar se mareja, os lábios tremem de silêncio.
E sem nada perguntar, aninhas
a cabeça entre meus seios,
Sinta meu coração que só sabe dizer:
Eu te quero mais e mais...!

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