"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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dezembro 18, 2010

desconheço o autor...


Perigosa é a Liberdade- assim, tão desejada.
Perigosa é a Liberdade de verdade. Ansiada sem ser compreendida.
A única Liberdade verdadeira é a ausência total de vínculos;
Liberdade de verdade é o não-vínculo.
Só está livre quem não possui vínculos-com nada, com ninguém.
Trabalho, família, amor. Nada.
Nem consigo mesmo, nem com a vida.
Assim, o não vínculo é o não viver.
Liberdade de verdade é não viver.
É deixar de ser; é não ser.
Quem é livre, portanto, nada é. Nada pode ser.
Ser verdadeiramente livre é, simplesmente, não ser.
Perigosa é a Liberdade.
Não quero a Liberdade de verdade.
Tudo o que eu mais quero são vínculos:
De amor, de ódio, de prazer, de dor.
De viver. De morrer.
Perigosa é a Liberdade.
Cuidado com o que pedes:
Corres o sério risco de ser atendido.
Não, não quero a Liberdade de verdade.
Quero vínculos que me liguem a tudo.
Quero amar e viver e sofrer e morrer.
Quero não ter a liberdade para por ela poder ansiar-
e, assim apreciar a jornada.
Até terminar.
Livre.

"Liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome."

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