"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.” Ana Jácomo

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setembro 01, 2010

Parabéns Corinthians!!!


Um clube centenário mas ainda nômade, que não tem residência fixa. Que carrega milhares de pessoas por onde passa, mesmo que não prometa a elas a alegria de uma vitória. Que já ficou 23 anos sem ganhar um título e mesmo assim viu o apoio crescer. Que já teve o nome envolvido em escândalos, brigas, alegrias e vitórias, mas contra quem pouco se conseguiu provar. Uma nação de mais de 30 milhões de torcedores, que nesta quarta-feira (1º) comemora felizes o 100º aniversário de um time que mexe com todos, seja a favor ou contra.

É com a história recheada de altos e baixos que um dos times mais adorados e odiados do mundo chega aos 100 anos. Entre outros, são 26 títulos do Campeonato Paulista, quatro do Campeonato Brasileiro da Série A, um da Série B e um do Mundial de clubes da Fifa, contestado por outros torcedores, mas legítimo para a entidade que comanda o futebol no mundo. E, claro, para os corintianos.

Entre 1954 e 1977, o clube não ganhou um título sequer. Ou melhor, ganhou o Rio-São Paulo de 1966, mas dividiu a conquista com Botafogo, Santos e Vasco. Em 1976, a torcida corintiana mostrou porque seria conhecida como Fiel. Mesmo sem ganhar um título havia 22 anos, cerca de 70 mil torcedores foram até o Rio de Janeiro para empurrar a equipe na semifinal do Campeonato Brasileiro, contra o Fluminense.

Dividido, o Maracanã foi palco de um jogo histórico, que só foi decidido a favor do Corinthians nas cobranças de pênalti. Após a “invasão do Maracanã”, o Timão foi derrotado na final daquele campeonato pelo Internacional, o que não diminuiu a paixão de seus torcedores. Só aumentou a ansiedade para soltar o grito de “é campeão”.

Por obra de Basílio, autor do gol que deu ao Corinthians o título do Campeonato Paulista de 1977, os corintianos voltaram a festejar uma conquista após quase 23 anos de sofrimento. Presidido pelo folclórico Vicente Matheus, o clube encerrava ali um jejum incômodo com uma festa que tomou a cidade de São Paulo no dia 13 de outubro, tamanha era importância da taça para a nação corintiana.

Para o jornalista e pesquisador Celso Unzelte, que lançou nesta terça-feira (31) a “Bíblia do Corinthiano”, a paixão dos torcedores pelo clube começou na várzea, quando o time ainda era formado por operários do Bairro do Bom Retiro.

- Esse amor começou lá no Bom Retiro, quando cinco operários organizaram um time para jogar na várzea. Esse time na várzea não perdia de ninguém e as pessoas começaram a falar “tem que ver o Corinthians”. Daí o time começou a ficar grande para a várzea, depois ficou grande para a Liga Paulista, que era uma liga mais fraca que ele entrou no começo, depois ficou grande para São Paulo, depois ficou grande para o Brasil.

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